Tuhpanger | Episódio 07
Sobre a mesa ao lado da fonte de água da Aldeia Perdida, Maria Inês serve um bolo junto com pratos e talheres de metal. Todos os guerreiros e também Iara se reúnem ao redor da jovem portuguesa. O cheiro delicioso do bolo rouba a atenção de todos, a aparência dá a entender que o seu sabor deve ser divino. Decorado com fios de ovos e nozes por cima do chantili branquinho. — O que é esse doce? — perguntou Iara curiosa. — Um bolo. — respondeu Maria Inês sorrindo, orgulhosa de si mesa. — Um bolo? — perguntou Joaquim, o guerreiro vermelho. — Sim. — respondeu a guerreira amarela. — Vou participar de um programa de culinária na televisão e irei fazer essa receita, mas antes quis trazer para vocês provarem. — Ótimo! — disse Miguel, o guerreiro espiritual verde. — Vamos comer, eu adoro bolo. — Que sabor é esse? — perguntou Katarina, a guerreira azul. — Marta Rocha. — respondeu Maria Inês. — Marta Rocha… Eu gosto, apesar de ser muito doce. — disse Rafael, o guerreiro cor de rosa. — O que é isso, bolo? — perguntou o espírito indígena curiosa. — É uma sobremesa, Iara. — explicou Maria Inês. — Claro que você não deve conhecer porque se tornou protetora da aldeia anos antes da chegada do meu povo aqui. Bolo é uma mesa bem fofinha com recheio doce dentro, vou cortar um pedaço para cada um. Tenho certeza de que você vai gostar. Maria Inês corta as fatias de bolo e distribuí nos pratos, em seguida entrega cada um para os que estavam ali. Fica ansiosa esperando a resposta dos seus amigos. — Hmmm… — começou o guerreiro vermelho após comer o primeiro pedaço da sua fatia de bolo. — Esse programa que você vai participar, é uma competição? — Sim, por quê? — perguntei a guerreira amarela. — Porque com certeza você vai vencer! — responde Joaquim rindo. — Isso tá muito bom. — Sabe, normalmente eu não sou muito fã desse sabor, Maria, mas o seu está perfeito. — disse Katarina depois de comer a sua fatia inteira. — Eu quero até mais um pedaço. — Pode deixar… — a portuguesa pega o prato da amiga com a finalidade de lhe servir mais um pedaço. — Esse doce realmente é muito bom, parabéns pela sua culinária, Maria Inês. — disse Iara sorrindo também. — Já sei com quem vou encomendar o próximo bolo do meu aniversário. — disse Miguel enquanto comia. — Come de boca fechada, ó! — logo em seguida Rafael acertou um tapa na nuca do mais novo e depois levou seu olhar para a colega doceira. — Quando é esse programa que você vai participar? — Na verdade é hoje a tarde, daqui a pouco vou para a emissora. É uma competição em que cada episódio tem um vencedor. É para um programa vespertino, no programa A Tarde é Nossa da OnTV. — explicou a ranger amarela. — Entendi. Boa sorte. — disse o capoeirista. Mais tarde nesse mesmo dia, Maria Inês chega na sede da emissora OnTV onde participará do programa vespertino em um quadro de competição entre profissionais da cozinha. Ela é recebida pelos seguranças na porta onde a reconhecem pelo crachá que já havia sido feito alguns dias atrás. Juntos com os demais competidores, Maria Inês visita os estúdios da emissora. Ela fica encantada quando visita a gravação de uma novela chamada “Poeiras Estelares”. Maria Inês bateu palmas quando assistiu a cena de beijo do casal principal, mas parou quando o diretor pediu para ela ficar em silêncio. A guerreira do espírito do jacaré colocou o material que trouxe de casa e que usaria para fazer sua receita, eram seus utensílios da sorte. Sorriu olhando para eles, então, sua atenção foi chamada porque o diretor do programa iria explicar como funcionária o quadro naquele tarde. … Joaquim e Rafael treinavam na aldeia perdida, ambos sem camisa e já suados pelo tempo em que estavam presos naquilo. Se encontravam apenas eles ali até a chegada de Miguel com o uniforme da sua escola, o mais novo olhou para os lados e em seguida se aproximou dos mais velhos, porém não muito perto para não levar um golpe acidentalmente. — Onde está Katarina? — Ela foi buscar uma televisão para a gente assistir a Maria daqui. — respondeu Joaquim se esquivando de um golpe de Rafael. — Como vai ligar uma televisão aqui? — Com um gerador portátil. — respondeu Rafael que segurou o chute do guerreiro vermelho que estava vindo em sua direção. — Maneiro. — sorriu o líder e em seguida se recompôs. — Quer treinar, Miguel? — Não, não tenho certeza… — disse o Verde. — Vocês não me passam muito autocontrole quando estão treinando, prefiro treinar com as meninas porque elas sabem não passar dos limtes. — Você quem sabe. — disse o Rosa rindo. Katarina chegou carregando uma mini televisão, porém de um tamanho médio para uma minitelevisão, o gerador em outra. — Me ajudem aqui. — pediu a Azul. — Alguém coloca a televisão em cima da mesa para mim… Joaquim o fez, colocou a minitelevisão em cima da mesa. Então, Katarina arrumou tudo para eles poderem assistir a amiga durante sua aparição na TV. — Mas o sinal vai pegar aqui? — perguntou Miguel com um tom de descrença na voz. — A gente não tá, tipo, num lugar escondido da realidade? — só foi o adolescente terminar de falar que a televisão ligou com um perfeito sinal. — Ah, olha só parece que os sinais dos satélites chegam aqui. — Para de ser… Para de ser adolescente, Miguel, não precisamos saber como a televisão recebe sinal aqui, só precisamos ver a nossa amiga no seu momento especial. Miguel dá de ombros. — A gente vai ter que aguentar essa velha contar quantas fofocas antes da competição? — perguntou o guerreiro vermelho de braços cruzados. — Não faço ideia, mas logo
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