Espíritos protetores, invocar!

WEBSÉRIE DE: João Paulo Ritter

CLASSIFICAÇÃO: 10 ANOS

RESUMO

Depois que o espírito Abaçay é libertado de sua prisão milenar, Iara também desperta de seu sono e com a ajuda dos espíritos protetores de Pindorama, recruta cinco novos guerreiros.


Tudo começou milênios antes da chegada dos portugueses na terra que um dia já foi chamada “Reino de Pindorama”.

Nessa época um espírito da guerra chamado Abaçay foi corrompido e começou a viver para atormentar os povos humanos e os animais que moravam no reino, mas tudo saiu do controle quando ele decidiu se tornar o rei definitivo de Pindorama. Para poder deter essa ameaça os espíritos protetores se uniram e escolheram cinco guerreiros para lutar, os guerreiros conseguiram derrota-lo e aprisionar em uma região desconhecida da floresta amazônica, escondido dentro de uma pequena tumba em forma de pirâmide.

DIAS ATUAIS:

Joaquim, um rapaz negro de cabelos curtos e olhar brilhante, um corpo atlético por ser corredor e olhos esverdeados que se misturam com um tom de castanho. Ele está sentado à mesa da cozinha, assistindo ao jornal das sete horas da manhã enquanto toma seu café. A repórter mostrava uma equipe de cientistas liderada pelo renomado inglês chamado Edward Greenleaf. Haviam acabado de encontrar uma zona inexplorada da floresta amazônica onde se escondiam antigos artefatos de civilizações e ainda uma pequena pirâmide que os cientistas julgaram como uma tumba.

— Acabamos de saber da existência dessa pirâmide que, provavelmente, deve ter sido usada como uma tumba para alguém muito especial que viveu naquela época. Pode ter sido uma liderança indígena da época ou um guerreiro, mas estamos muito contentes com a descoberta e animados para explorar e estudar. — respondeu doutor Edward que apesar de ser naturalmente britânico tinha uma excelente dominação do português brasileiro.

— Voltamos mais tarde com mais notícias da descoberta. — disse a jornalista ao finalizar sua reportagem.

— Acordou cedo hoje, tem treino no centro desportivo então? — perguntou Solange, mãe de Joaquim, enquanto sentava a mesa.

— Sim, eu vou sair daqui a pouco.

— Então deixa a tua irmã na escola pra mim, pega meu carro. Vou de ônibus para o trabalho.

— Tem certeza mãe, teu trabalho fica longe daqui.

— Tenho sim. — a mulher sorri.

A equipe do Dr. Greenleaf se preparam para entrarem na antiga tumba tupi. Vestiram seus equipamentos de proteção, uma lanterna presa na cabeça com uma pequena câmera de alta definição que estava pronta para captar todos os momentos. Como a tumba era pequena, o líder da expedição decidiu entrar primeiro, se espremendo nas pequenas paredes Edward chegou até uma sala única e completamente escura com uma espécie de urna de barro, decorada com vários metais preciosos.

Quando Edward foi encostar na urna sentiu uma estranha energia emitir dela, mas isso somente fez que a sua curiosidade fosse mais aguçada. Ao retirar o objeto de barro do seu local o chão começou a tremer e por se desequilibrar o cientista britânico deixou a urna cair no chão e foi assim que ela se partiu.

Uma estranha fumaça de cor verde-musgo escapou e aos poucos foi ganhando uma forma humanoide, um homem. Um homem vestindo uma longa capa verde-escuro, sua pele era de um tom oliva puxando um pouco para um tom metalizado, olhos puxados de cor vermelha, cabelos negros como a morte e um sorriso aterrorizador.

— Estou livre… Depois não sei quantos anos. — falou o desconhecido.

— Quem é você? — assustado, Dr. Greenleaf perguntou sem acreditar no que havia acabado de presenciar.

— Eu sou o futuro Imperador de Pindorama, eu sou Abaçay… — disse o demônio que em seguida, novamente, se transformou na fumaça cor verde musgo e entrou no corpos de Edward.

Assim que terminou de amarrar os cadarços do seu par de tênis, Joaquim se levantou do banco em que se encontrava e começou a fazer o aquecimento antes de dar inicio ao seu treino quase diário. Haviam outros alunos também corredores presentes, todos sendo supervisionados pelo treinador especial contratado pela a universidade. Joaquim foi para a linha de partida, se colocou em posição e quando o seu treinador assoprou o apto mais alto que conseguia o jovem universitário saltou em corrida.

Joaquim sempre foi rápido e desde que entrou para o time de corrida estava sendo trabalhado como uma promessa brasileira para as próximas olímpiadas. Claro que tudo isso deixava um peso em suas costas, além dos estudos que tinham que ficar em dia a qualquer custo. Uma vez chegaram a fazer uma proposta um tanto corrupta para ele, mas Joaquim recusou deixar que terceiros fizessem seus trabalhos ou receber as respostas das provas somente para ter mais tempo para se dedicar aos treinos na pista de corrida.

Toda vez que corria na pista de corrida, Joaquim se sentia mais vivo e a sua mente viajava para bem longe dos seus problemas mundanos. Sentia-se como uma onça correndo pela a mata para caçar seu próximo alimento, mas corria depois de ser pressionado sentia como se estivesse fugindo de terríveis caçadores de animais silvestres. Gostava de ter essa espécie de conexão com a natureza, era como se milênios de extintos somados estivessem fervilhando dentro dele.

O treinador parou o cronômetro quando Joaquim completou as voltas estipuladas no início do treino, havia feito seu melhor tempo até aquele momento.

— Parabéns Joaquim, fez seu melhor tempo até agora. Acho que daqui mais um tempo você estará completamente pronto para as próximas olímpiadas. — disse o treinador orgulhoso do seu aluno prodígio.

— Se o senhor diz. — respondeu o rapaz meio se graça.

— Parabéns Joaquim, sempre lembrando a nós meros mortais porque é a estrela da universidade. — disse uma garota em tom de brincadeira, quando olhou para trás Joaquim viu que se tratava de Roberta, uma velha e admirável amiga.

— Que isso, não é para tanto pessoal. — sorriu Joaquim.

— Mas a Roberta tem razão. — disse Jonathan, outro amigo e, infelizmente para Joaquim, namorado da garota. — Você com certeza é a estrela daqui quando se trata de corrida e estamos torcendo muito para que você chegue nas olímpiadas.

— Obrigado.

Joaquim e Jonathan batem os punhos em um comprimento de amigos.

— O que vamos fazer depois daqui?

Assim que Roberta terminou de fazer sua pergunta, todos sentiram um tremor no chão que ficou mais forte a ponto de derrubar todos no chão, ao fundo alguns prédios sofreram danos severos e começaram a ser evacuados.

— O que foi isso? — perguntou Jonathan assustado.

— Terremoto? — respondeu o treinador com outra pergunta.

— Mas estamos no Brasil. Não temos terremotos assim aqui, ainda mais no Rio de Janeiro. — disse Joaquim tentando levantar, mas os tremores, apesar de ter diminuído a intensidade, continuavam.

A imagem de um ser gigantesco apareceu no céu, de azul passou para um tom de verde escuro e a criatura se tratava de Abaçay. Seus olhos brilhavam em um intenso vermelho a medida que os tremores se intensificavam.

— Parece que as coisas mudaram por aqui depois de tantos anos. — disse o demônio assim que a terra parou de tremer. — O povo de Pindorama também mudou, mas isso não importa muito porque logo vocês todos vão se curvar a mim… O futuro imperador de Pindorama!

— Mas o que diabos é isso? — sussurrou Roberta sem acreditar.

— Se preparem para sentir o peso da ira de Abaçay! — o demônio ergueu o seu punho e em seguida desceu rapidamente para a terra, todos se preparam para se proteger, mas quando a gigantesca mão esverdeada quase tocou o solo ela desapareceu e tudo voltou a tremer novamente, como se estivessem no dia do juízo final.

Quando Joaquim olhou para cima ele avistou uma onça pintada vermelha descendo entre as nuvens, coçou seus olhos em uma tentativa de ter certeza de que não estava alucinando, mas quando voltou a abri-los o místico animal estava em sua frente e em seguida uma luz forte o engoliu.

— Cadê o Joaquim? — perguntou Jonathan assustado.

— Ele desapareceu… — respondeu Roberta sem acreditar naquele dia maluco.

— Bem-vindos jovens guerreiros escolhidos pelos espíritos protetores, vocês estão no templo escondido de Nova Pindorama. Um local que os antigos chefes criaram para proteger um pouco da nossa cultura quando o perigo branco se mostrou mais forte. — dizia uma jovem indígena de longos cabelos negros e vestes azuis claras, usava uma coroa de flores.

Em frente a indígena estavam cinco jovens, contando com Joaquim. Um grupo de três rapazes e duas garotas, todos distintos um dos outros.

— Mas quem é você? — perguntou uma garota branca de cabelos negros encaracolados.

— Eu sou Iara, antigamente eu fui uma guerreira espiritual que com outros quatros derrotou Abaçay e o deixou preso em uma tumba escondida na floresta que hoje vocês chamam de Amazônia.

— Abaçay? — perguntou a segunda garota, loira e de olhos claros.

— Aquele homem ou ser que apareceu mais cedo no céu, não é mesmo… Iara? — perguntou o rapaz negro que vestia seu traje de jogar capoeira.

— Sim, esse mesmo. — respondeu a indígena.

— Eu só posso estar alucinando, isso não deve estar acontecendo de verdade. Onde eu… Onde nós estamos? — perguntou o rapaz mais novo de todo o grupo, aparentemente um pouco assustado com aquilo tudo.

— Eu já disse, vocês estão no Templo de Nova Pindorama.

— Sim, você já disse isso, mas mesmo assim não quer dizer nada para a gente. — disse Joaquim. — Acho que a pergunta certa seria… Por que estamos aqui? O que diabos está acontecendo no mundo?

— No mundo não, somente em Pindorama… Ou Brasil, como preferirem. Como eu já disse, Abaçay é uma ameaça antiga que eu e meus antigos companheiros aprisionamos anos antes da chegada dos colonizadores europeus. Porém, hoje um cientista do antigo mundo encontrou essa prisão e acabou por libertar o demônio. — todos trocaram olhares enquanto Iara explicava. — Agora, como eu já fui antes, vocês foram escolhidos para serem os novos protetores de Pindorama e derrotar Abaçay.

O bolso de cada um emitiu um brilho e quando tiraram seus respectivos smartphones de dentro viram que havia um novo e interessante aplicativo instalado.

— Esse aplicativo em seus aparelhos é a versão atualizada dos Invocadores Espirituais para a era digital. — disse Iara sorrindo. — No meu tempo usávamos um colar mágico, mas eu acho que cada época pede um certo detalhe especifico.

— Mas não dizemos que concordamos. — disse a portuguesa.

— Infelizmente não é assim que funciona, cada um de vocês foram chamados por um espirito protetor: Maria, jovem portuguesa brasileira você é a guerreira amarela e escolhida pelo espirito do Jacaré; Rafael, jovem jogador de capoeira, você é o guerreiro cor-de-rosa e escolhido pelo espirito da Harpia; Miguel, jovem, mas prodígio do judô, você é o guerreiro verde e escolhido pelo espirito do Lobo Guará; Katarina, excelente nadadora e amante da vida marinha, acho que o espirito do Boto fez uma grande escolha para a guerreira azul; e por último, mas não menos importante… Joaquim. — todos levaram sua atenção para ele. — Escolhido para ser o líder, guerreiro vermelho do espirito da Onça Pintada.

— Mas eu não quero ser líder de nada… — sussurrou.

— Pelo menos você não é o rosa. — disse Rafael. — Se eu fosse o preto, me sentira menos ofendido.

— Qual o problema? — pergunta Iara confusa.

— É que, bem, talvez não fosse na sua época, mas atualmente para muitas pessoas um homem que veste rosa é considerado menos homem. — explicou Miguel.

— Não tem como eu mudar? — perguntou o capoeirista.

— Além de eu achar isso de uma cor fazer uma pessoa menos do que ela é, não é assim que funciona, você vou escolhido pela Harpia pelas suas qualidades como um guerreiro.

— Nós vamos levar tudo isso numa boa? — perguntou Katarina.

— A loira tem razão. — disse Maria em seguida. — Isso tudo pra mim parece loucura e perigoso.

— Vocês não estão entendendo? — perguntou Miguel sem acreditar. — Fomos escolhidos para ser heróis… Super-heróis. Quantas pessoas sonham em fazer de suas vidas uma grande coisa antes dos trinta anos? Emprego estável, ser rico, ter tudo o que sempre sonhou… Mas nós ganhamos a chance de salvar o mundo antes dos trinta anos e garantir a vida para todos. Somos como Power Rangers, não… Não, somos como Changeman.

— Ele deve ter uns dezoito anos de idade, como sabe essa ultima referencia. — Rafael disse para si mesmo.

Todos voltaram a se olhar. Suspiraram e em seguida deram a vez para o líder.

— E como fazemos isso? Como viramos esses guerreiros dos espíritos? — perguntou Joaquim.

— Guerreiros Espirituais. — disse Iara. — É simples vocês vão abrir o aplicativo em seus aparelhos e dizer “Guerreiro Espiritual, invocação!”. É importante essa fala porque somente a voz de vocês pode invocar seus poderes e o aplicativo é a ponte entre esse plano e o plano dos espíritos.

— Parece simples. — disse Katarina.

— E o que fazemos agora? — pergunta Rafael.

— Eu vou mandar vocês para centro do Rio de Janeiro onde um dos soldados de Abaçay, um ser chamado Solares, está atacando os civis. É melhor que se transformem agora.

— O líder primeiro. — disse Maria.

Joaquim deu de ombros, destravou a tela do celular, os demais fizeram o mesmo, logo abriu o aplicativo e olhando para a sua frente disse “Guerreiros Espirituais, invocação!”.

Solares, o guerreiro de Abaçay, um ser que parece ser feito completamente de armadura em cores quentes atacava os civis em frente ao Aqueduto da Carioca. As pessoas, homens, mulheres e crianças corriam para se protegerem dos raios ardentes que o monstro liberava a partir do seu cajado solar. Um grupo de policiais chegaram atirando contra o guerreiro do sol, mas as balas batiam contra sua armadura e caiam rapidamente no chão.

— Vocês são todos tolos! — gritou Solares que em seguida girou seu cajado formando uma onde de círculos de fogo que atingiram o grupo policial os deixando sem ter como voltar a agir. — Humanos… Podem ser de qualquer lugar do mundo, mas nunca vão mudar.

Um raio vermelho atingiu o peito de Solares fazendo com que ele caísse no chão.

— Mas o quê?! — Quando olhou para cima, viu parados em cima do aqueduto cinco pessoas, se assustou quando identificou os trajes inesquecíveis. — Os Guerreiros Espirituais de Pindorama! Pensei que dessa vez os animais estúpidos não tentariam nada…

Os cinco pularam e rapidamente caíram em frente ao vilão.

— É agora pessoal. — sussurrou Joaquim vestindo um traje todo vermelho e com um capacete contendo detalhes que lembravam seu espirito animal, cada um estava vestido o mesmo com suas respectivas cores e representação dos seus animais.

Os protetores ficam em posição.

— Guerreiro vermelho, espirito protetor da Onça! — disse Joaquim.

— Guerreira azul, espirito protetor do Boto! — disse Katarina.

— Guerreiro verde, espirito protetor do Lobo Guará! — disse Miguel.

— Guerreira amarela, espirito protetora do Jacaré! — disse Maria.

— Guerreiro rosa, espirito protetor da Harpia! — disse Rafael, não tão animado quanto os outros.

— Calem a boca! — gritou Solares que em seguida soltou várias sementes no chão, criando peões de combate que pareciam várias plantas depois de sofrerem terríveis mutações.

— Eu cuido do sol da manhã e vocês dessas plantas com pernas, tudo bem? — disse o vermelho.

— O líder quem manda, não? — disse o verde em um tom de brincadeira.

Em seguida os guerreiros se separam para lutar melhor.

Joaquim chega em Solares com uma voadora de dois pés, acertando seu peito e caindo no chão junto com o inimigo. Quando levantou, o vermelho ainda teve que se defender do ataque do cajado de Solares que foi mais rápido. Joaquim sacou a sua pistola que ficava em sua cintura e atirou contra o monstro.

Uma espada avermelhada, com detalhes e desenhos que lembravam diretamente a anatomia de uma onça-pintada.

— O que isso? — perguntou Joaquim a si mesmo quando viu a sua arma.

— É a sua arma como guerreiro espiritual, a espada felina. — disse a voz de Iara.

— Tudo bem então.

Joaquim voltou a ficar em posição de ataque e se defendeu do cajado solar com sua espada, empurrou Solares com seu pé para longe e em seguida começou a ataca-lo com sua espada, um pouco desengonçado, mas conseguiu acertar um belo golpe em seu peito fazendo com que faíscas saíssem e o inimigo fosse ao chão.

Maria e Katarina se juntaram para lutar contra seus inimigos peões. As suas respectivas armas especiais apareceram em suas em seguida depois de Joaquim. Enquanto a amarela ficou com uma espécie de bastão, a azul ganhou uma longa vara com uma lâmina muito afiada na ponta.

A guerreira azul derrubou um de seus inimigos com um chute no peito e em seguida cravou sua lança no chão e se segurou nela, ficou dependurada no ar e girou em torno dos guerreiros dando fortes chutes em seus rostos. A amarela usou seu bastão para bater nos peões de Abaçay a torto e a direito com toda a animação que conseguia tirar do seu interior.

— Bater nessas coisas é muito divertido. — disse Maria.

— Será que eles não sentem dor? — perguntou Katarina.

— Eles parecem mais com seres sem nenhuma motivação a não ser derrotar a gente. — respondeu a amarela. — Então não liga muito para isso de sentir ou não dor.

A guerreira do jacaré voltou ao combate, mesmo receosa a guerreira do boto também retornou a luta. Enquanto as meninas socavam e chutavam seu grupo de inimigos, Miguel e Rafael estavam ali perto enfrentando seu próprio grupo.

O guerreiro da cor rosa usava toda sua habilidade em capoeira para enfrentar seus oponentes, levantando suas pernas para acertar fortes chutes nos rostos dos peões e também rasteiras que os derrubavam. Para Miguel as coisas ficaram mais difíceis porque seu estilo de luta envolvia muito contato corporal, mas tudo mudou quando um arco de flechas apareceu em suas mãos.

— Que maneiro. — disse o guerreiro verde.

Quando ele tocou sua mão na corda do arco surgiu uma flecha totalmente feita de energia, ele distanciou e lançou contra um peão que lutava com o rosa. Impressionado com aquela habilidade, Miguel começou a disparar sem parar contra seus oponentes.

Quando os quatros derrotaram todos seus oponentes se juntaram ao lado do vermelho que ainda enfrentava Solares.

— Parece que os espíritos protetores não dormiram em serviço. Vocês cheiram como crianças, mas são fortes. Essa nossa primeira batalha foi ótima. Nos vemos em breve, Guerreiros Espirituais Tuhpanger.

Em seguida Solares desaparece em um brilho.

— Mas que diabos foi isso. — disse Miguel sem acreditar. — Ele estava me chamando de criança?

Todos encaram o mais novo do grupo.

Os cinco escolhidos retornaram ao Templo da Nova Pindorama, onde Iara estava a espera deles.

— Vocês foram muito bem para um primeiro dia, mas agora que Solares já teve tempo de enfrentar vocês no campo de batalha com peões, Abaçay vai encontrar uma maneira de buscar o ponto fraco de cada um e por isso temos que trabalhar em suas habilidades como guerreiros e em sua união com seus espíritos protetores. — disse Iara.

Rafael levanta a mão.

— Pode falar Rafael.

— Por que eu fui o único que não recebeu uma arma?

— Bem, eu acho que você não está em união com seu espirito protetor e acaba interferindo em suas habilidades de batalhas, incluindo aquilo que vem diretamente dos animais protetores. Não se preocupe Rafael porque com o nosso treinamento que começa amanhã você e todos vão aprender melhor a lidar com isso. — Iara sorriu ao terminar de falar.

— Bem eu acho que agora precisamos manter contato constante, vocês não concordam comigo? — perguntou Karina sorrindo. — Vamos criar um grupo no WhatsApp.

— Demorou! — disse Miguel sacando logo seu smartphone e colando ao lado da loira.

Todos se juntaram em um circulo e começaram a dar seus números para Katarina criar o grupo de conversa online. Enquanto Iara os observava sorrindo esperançosa.

Abaçay ainda está na pirâmide que foi aprisionado, mesmo com o corpo do cientista britânico Edward Grteenleaf ele não tinha energia o suficiente para deixar aquele local, mas as informações que Solares trouxe sobre os novos guerreiros o animou. Juntos os dois despertaram uma antiga feiticeira que possuía o corpo humanoide com a pele dura feito a de um jacaré, longos cabelos loiros e um olhar penetrante e assustador. Muito conhecida das histórias folclóricas.

— Estou viva de novo! — disse a feiticeira com sua voz rouca. — Muito obrigada por se lembrar de mim mestre Abaçay.

— Como eu poderia esquecer de você, minha feiticeira favorita, agora que voltei preciso de alguém para criar meus monstros que sugam energia de Pindorama para que eu possa deixar essa prisão.

— Pode deixar meu senhor porque eu sempre vou servi-lo até o fim definitivo de minha vida.

— É por isso que eu gosto de você Cuca. — disse Abaçay sorrindo. — Agora, Solares tem as informações necessárias sobre os novos guerreiros espirituais, aliás minha querida, crie novos peões… Dessa vez mais fortes do que os antigos.

— Como o senhor quiser.

Cuca juntou-se a Solares, começaram a conversar sobre os novos guerreiros espirituais e traçar planos para a derrota.

つづく。。。(CONTÍNUA…)

1 comentário em “Tuhpanger | Episódio 01”

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