O despertar de um novo amigo

ESCRITA E CRIADA POR: João Paulo Ritter

CLASSIFICAÇÃO:

Os cinco guerreiros espirituais estavam ali, reunidos na aldeia perdida de frente para Iara. Antes de chamar aquela reunião, a indígena fez uma extensa pesquisa sobre os espíritos protetores da floresta, ela sabia que existia uma maneira de conseguir ajuda para os Tuhpanger, mas se tratava de algo que nunca havia tentado contatar aos protetores espirituais da região.

— Por que nos chamou aqui, Iara? — perguntou Joaquim de braços cruzados e com um tom de interesse na sua voz.

— Eu fiquei pensando desde a batalha mais recente de vocês contra o guerreiro laranja… Então, eu pensei em uma solução para esse problema…

— Uma solução? — perguntou Katarina com o mesmo tom de interesse do guerreiro vermelho.

— A solução é encontrar novos espíritos protetores que, na primeira batalha, não se juntaram a nós. — explicou Iara.

O grupo de jovens adultos trocaram olhares entre eles, desconfiados da informação que havia acabado de ser jogada como se não fosse nada demais. O primeiro que decidiu falar alguma coisa foi o guerreiro cor-de-rosa, Rafael perguntou o seguinte:

— E por que esses espíritos protetores não aceitaram participar da primeira batalha?

— Porque a princípio apenas seis guerreiros eram o suficiente para aprisionar Abaçay, mas agora parece que vamos precisar de mais ajuda. — explicou a indígena com seu tom de voz calmo de sempre. Então, ela caminhou até sua fonte mágica, onde apareceu um caminho para uma zona florestal no centro-oeste do Brasil. — Nesse lugar, vocês encontraram um espírito guerreiro. Devem o convencer de que sua ajuda é necessária para acabar com este mal.

— Tudo bem, eu vou. — disse Joaquim olhando para a fonte mágica.

— Infelizmente não é você quem decide, guerreiro vermelho. — em seguida Iara olhou para a fonte e passou sua mão acima dela, a água começou a brilhar e mostrou a imagem do guerreiro verde e do guerreiro cor-de-rosa. — Os espíritos protetores fizeram sua escolha. Rafael e Manuel vão encontrar o espírito da capivara para que ela se junte a nós. — disse sorrindo.

Todos olharam para Manuel que parecia confuso e surpreso com aquilo, ele não esperava ser escolhido para nada e muito menos para uma missão tão importante como aquela, ainda mais porque algumas horas ele estava sendo o alvo número um dos vilões para acabar com os guerreiros. O peso daquela responsabilidade fez com que suas pernas tremessem como vara de bambu, mas ele logo tentou mantê-las firmes para que ninguém desconfiasse do seu medo de ser um peso para a equipe, talvez por esse motivo tenha aceitado tão bem a nova missão.

Então, foi decidido que enquanto Miguel e Rafael iam buscar a ajuda de mais um espírito protetor, os outros guerreiros ficariam em prontidão caso Ubiratã e o exército de Abaçay voltassem a atacar as pessoas. Iara torcia para que aquele plano desse certo e que a ajuda dos outros animais servisse para trazer o sexto guerreiro de volta para o lado deles. Ela não iria suportar se perdesse Ubiratã mais uma vez, sabendo que essa segunda vez seria para sempre.

Enquanto isso, na caverna em que Abaçay fez de seu quartel general, Solares e o guerreiro laranja discutiam a falha do plano de atacar o alvo mais fácil dos Tuhpanger. Como sempre, entre os dois, a discussão estava acalorada, a cada hora que passava convivendo com a presença de Ubiratão, Solares o odiava mais por ter roubado seu lugar ao lado de Abaçay. Para um guerreiro vindo do velho mundo, aquilo se tratava de um belo insulto.

Por outro lado, Cuca sabia que os poderes do seu monstro haviam sido desperdiçados, um ser maligno que consegue fazer as pessoas se odiarem, despertar os sentimentos mais desagradáveis em um coração, inveja, raiva, avareza e tantos outros.

— Infelizmente não fizeram bom uso de suas habilidades, meu querido. — disse a feiticeira de frente para seu monstro.

— O que a senhora quer dizer com isso, mestra? — perguntou o monstro.

— Bem… Por que você não vem comigo? Vamos coletar mais energia negativa para o Mestre Abaçay. Dessa forma, ele estará mais forte e pronto para derrotar os Tuhpanger de uma vez por todas e conquistar Pindorama… Depois, o esse mundo inteiro!

— Claro, senhora! Mas, antes…

— Sim?

— Qual meu nome?

Cuca bufou, mas logo em seguida respondeu:

— Seu nome não é importante, mas se quiser nomear a si mesmo, não me importo… Agora… Vamos, temos muito trabalho a fazer.

Com seu cajado, a feiticeira abriu um portal direto para a orla do Rio de Janeiro.

Miguel e Rafael foram transportados para a região em que o espírito lendário estaria. Se tratava de uma região do centro-oeste que ficava longe da cidade e perto da natureza, afastada o suficiente para preservar algumas coisas. Os dois estavam um ponto alto, ao fundo, de um lado podiam ver o começo da vida urbana e do outro lado, podiam ver o que restou da natureza.

— E agora? — perguntou Rafael. — Como vamos fazer para chamar a atenção desse espírito lendário?

Miguel ficou em silêncio, pensando por alguns segundos.

— Acho que… Assim como a aldeia perdida, deve haver algum portal escondido. Invisível.

— Como vamos fazer para ver algo que não pode ser visto?

Miguel levantou sua mão como um personagem de anime quando tem uma ideia.

— Se a gente se transformar… Talvez, com a ajuda dos nossos espíritos protetores, poderemos encontrar algum caminho.

O mais velho deu de ombros, a teoria fazia um pouco de sentido.

— Vamos fazer, então. — respondeu Rafael e em seguida pegou seu celular, abrindo o aplicativo de transformação.

Miguel fez o mesmo.

Depois de duas luzes, rosa e verde, os dois já estavam vestindo seus trajes de guerreiros espirituais.

Um caminho iluminado por algo que parecia uma aurora boreal apareceu na frente dos dois rapazes, guiando para dentro da natureza a frente deles. O Verde e o Rosa trocaram olhares, então, concordaram com a cabeça e em seguida se aventuraram por aquele caminho iluminado.

Na aldeia perdida…

Joaquim e Katarina perceberam uma coisa estranha. Na verdade, já havia um tempo que os dois perceberam essa situação. Iara ficava muito tempo olhando para o nada, pensativa e quase sempre com um olhar triste, quase chorando. Perceberam essa mudança de humor da mulher quando Ubiratã retornou do lado de Abaçay, o Vermelho e a Azul já pensaram em conversar com Iara, mas nunca tiveram coragem para entrar no assunto.

Talvez, nesse momento, seria uma oportunidade.

— O que você acha? — perguntou Katarina.

— Talvez… Seja bom para ela e também para nós… Se soubermos mais sobre essa história, entre Iara e Ubiratã… — respondeu Joaquim sem completar sua fala porque rapidamente Katarina caminhou até Iara, ele não conseguiu pensar duas vezes, apenas seguiu a outra guerreira.

— Iara… — disse a guerreira do boto.

A indígena se virou, mas seu olhar ainda estava longe assim como seus pensamentos. Ela apenas disse:

— Sim?

— Já faz tempo… Que eu queria te perguntar… — começou Katarina.

— Eu também. — respondeu Joaquim.

— O que vocês querem? — perguntou Iara voltando ao seu estado normal.

— Vou direto ao ponto, sim? — disse a guerreira azul, em seguida, depois de suspirar profundamente, ela continua. — Qual sua relação com Ubiratã? Sabemos que ele foi um dos cinco guerreiros.

— Assim como você. — completou Joaquim.

— Mas, existe mais alguma coisa? — completou Katarina.

Iara suspirou, ela se afastou dos guerreiros enquanto pensava, uma hora ou outra ela teria que contar toda a história, o momento teria chegado naquela hora? Quando Iara se virou, pronta para contar, a fonte mágica começou a borbulhar e mostrar Cuca, ao lado de seu novo monstro, atacando as pessoas na Orla de Ipanema.

Katarina, Joaquim e Iara se aproximam da fonte. Em seguida, Maria Inês também entra em cena, surgindo da região mais alta da Aldeia Perdida.

— O monstro que faz as pessoas se odiarem retornou. — comentou a Guerreira Amarela.

Iara olhou para Joaquim e Katarina.

— Conversamos depois. — disse a Guerreira Azul.

— Estão prontas? — perguntou o líder e em seguida as duas garotas concordaram com sua cabeça, logo sacaram seus celulares e entraram no aplicativo de transformação.

Desesperadas, as pessoas correm pela Orla de Ipanema.

Ao mesmo tempo, o monstro que se deu o nome de Sete Pecados atirava raios na direção dos que conseguia acertar, criando assim confusões com brigas de inveja e ira. Cuca ria freneticamente, se divertindo com a situação em que as pessoas estavam sendo colocadas por causa do seu monstro. Ela podia sentir a energia negativa sair daquele povo e ir diretamente para seu mestre, logo mais Abaçay finalmente estaria livre para acabar com todos eles.

De repente, duas flechas azuis acertaram os olhos vermelhos do monstro, o deixando levemente incapacitado de lançar mais raios.

Quando o Sete Pecados e Cuca olharam na direção em que essas flechas partiram, encontraram três guerreiros espirituais.

— Apenas três? — perguntou a bruxa em um tom de deboche. — Onde estão o verde e o rosa? Ficaram com medo?

— Isso não é da sua conta, além do que, apenas nos três podemos acabar com seu monstro! — disse Joaquim enquanto sua espada surgia em sua mão.

O bastão da Guerreira Amarela também surgiu em sua mente, então, ela disse:

— E vamos provar isso agora.

Cuca olhou para seu monstro e em seguida sussurrou:

— Acabe com esses guerreiros espirituais…

O portal para a caverna surgiu na frente da feiticeira e ela entrou, desaparecendo dali.

— Agora é comigo, Tuhpangers! Vou acabar com vocês! — disse Sete Pecados se preparando para lutar, seus olhos vermelhos já estavam bons novamente para disparar mais raios.

— Vamos tomar cuidado… — disse o líder.

— Não podemos ser atingidos. — completou a Azul.

— Não mais uma vez.

Então, os três correram na direção do monstro, prontos para uma batalha intensa.

Voltando para os guerreiros Verde e Rosa…

Rafael e Miguel caminharam tanto que não perceberam a mudança de paisagem ao seu redor. O guerreiro mais novo estava certo, havia ali um portal invisível e a ajuda dos seus espíritos protetores foi crucial para que eles o encontrassem, mesmo que tenha acontecido sem perceber.

Estavam em frente a um gigantesco de tom marrom, ao longe podiam ver algumas montanhas. A grama levemente alta, como em um campo aberto que nunca havia sido tocado por nenhum homem. Podiam ver ainda, algumas capivaras nadando naquele lago, livres e tranquilas como sempre.

— Onde estamos? — perguntou Rafael.

— Não sei… — respondeu Miguel e em seguida se virou para a direção de onde vieram, mas não via mais nada do caminho original, apenas uma paisagem borrada que não conseguia entender do que se tratava. Olhou para o mais velho. — Acho que não estamos bem longe do Brasil… Ou da nossa realidade.

Algo começou a emergir do gigantesco lago.

Os olhos calmos, serenos não causaram medo nos rapazes, apenas o tamanho que aquela criatura aparentava ter. Seus dentes afiados, como de um típico roedor, muito maior do que os daquelas capivaras nadando, seus pelos mais grossos e focinho muito maior. Se tratava de uma capivara com mais de dois metros de altura, ela se aproximou dos dois e ficou os encarando.

Rafael engoliu a seco.

Miguel deu um passo para frente.

— O que vocês desejam aqui? Como chegaram aqui? — a capivara gigantesco perguntou, mas sua boca não se mexeu, os dois rapazes logo compreenderam que haviam escutado a voz em suas mentes.

— Nós… — começou Rafael, mas não conseguiu continuar.

— Nós viemos aqui pedir ajuda. Somos Guerreiros Espirituais. Somos Tuhpangers. — começou Miguel.

— Por que eu deveria ajudar vocês? Sendo que não me meti na batalha contra Abaçay há milhares de anos atrás?

O guerreiro verde ficou em silêncio, pensando em um bom argumento.

Rafael não falou nada, apenas ficou observando Miguel, pensando que apesar de muito novo, aquele garoto poderia, de alguma forma, convencer aquele espírito protetor. Tinha confiança em seu colega de equipe.

— Bem… — começou Miguel. — Meus amigos e eu, os outros Tuhpanger, queremos proteger o Brasil… Pindorama, mas também todo o mundo… Se Abaçay vencer, o que agora é uma possibilidade, isso quer dizer que nós vamos morrer. Todos os seres humanos e…

A capivara interrompeu:

— Por qual motivo eu ficaria infeliz se sua espécie desaparecer? A Natureza está doente justamente por causa da interferência dos seus iguais… Poluição, animais em extinção ou extintos… Por que eu ajudaria vocês? Se vocês sumissem, seria um favor a Natureza.

Miguel engoliu a seco, não esperava ouvir aquilo. Então, continuou:

— Mas acha que Abaçay vai parar depois que sumir com os iguais a mim? Ele quer a destruição de toda a vida no seu reino da morte… Ele quer acabar com tudo, depois de Pindorama, será o mundo e, ai sim, será o fim de tudo. Sei que os seres humanos são culpados pelo adoecimento da Natureza, mas não somos todos nós, mas acontece que no sistema em que vivemos, dependemos de um número muito pequeno que detém o poder para revertermos a situação, esses sim são egoístas o suficiente para não fazerem nada para melhorar a situação do planeta. Mas, derrotando Abaçay, podemos juntos tentar convencer todos de cuidar melhor de Pindorama e do mundo.

A capivara ficou em silêncio. Era difícil decidir se ela havia comprado o argumento ou não, pois seu olhar sereno nunca mudava.

— Sei que você e seus amigos possuem boas intenções… Talvez deixar Abaçay vencer seja pior do que ter sua espécie como causadores das mazelas da Natureza. Guerreiro Verde, lhe ajudarei…

Um intenso brilho verde surgiu ao redor da capivara gigantesco, deixando Miguel e Rafael sem visão do que realmente estava acontecendo ali. Então, de repente a luz desapareceu e na palma da mão do mais novo havia uma moeda de pedra com a imagem da capivara desenhada.

O Guerreiro Rosa se aproximou, por debaixo do seu capacete, havia um intenso sorriso de vitória.

— Conseguimos? — perguntou o Rosa.

— Acho que sim. — respondeu o Verde com a moeda em sua. — Mas o que eu faço com isso?

Então, Rafael pegou a moeda da mão de Miguel e colocou na frente do círculo amarelo do cinturão do traje. A moeda se encaixou perfeitamente.

De volta para a Orla de Ipanema…

A Guerreira Amarela foi joga para longe pela a Azul e o Vermelho.

Joaquim e Katarina estavam de frente para Maria Inês, que tentava levantar com dificuldade, já havia sido atacada várias vezes pelos colegas de equipe. Infelizmente, os dois haviam sido atingidos pelos raios do Sete Pecados que assistia aquela cena como se fosse o último capítulo de sua telenovela favorita.

— Que droga… — sussurrou a Amarela, cansada. — Não vou conseguir vencer. Não os dois… Não sozinha…

— Odeio tanto o fato de você saber cozinha tão bem e eu nem conseguir fritar um ovo! — disse a Guerreira do Boto mirando suas flechas na direção da amiga.

— Não gosto de como você consegue ser simpática com todos… — disse o Guerreiro da Onça, preparando sua espada.

A Guerreira do Jacaré continuou no chão, ajoelha, já se sentia derrotada.

Katarina atirou suas flechas na direção de Maria Inês que, por sua vez, apenas fechou seus olhos para aceitar o ataque.

Então, o Guerreiro da Harpia surgiu de repente e conseguiu desviar as flechas com sua marreta. Fazendo com que sua amiga enfraquecida ficasse surpresa.

— Vocês… Voltaram? Cadê o Verde? — perguntou Maria Inês enquanto ficava em pé com a ajuda de Rafael.

— Ali está ele. — respondeu o mais velho.

O Guerreiro do Lobo Guará surgiu com uma armadura em tom marrom por cima de seu traje verde. Em suas mãos haviam luvas com garras que lembravam unhas da capivara, mas na mão direito tinha um escudo com detalhes da cara desse animal. No peitoral uma proteção da mesma cor dos pelos do animais, assim como caneleiras e joelheiras, apenas o capacete não havia uma proteção adicional.

— Você dá conta do monstro? — perguntou o Rosa para o Verde.

— Sim! — Respondeu o Lobo Guará que em seguida correu, com um pulo, passou por cima do Vermelho e da Azul, parando em frente ao monstro.

Rafael preparou sua marreta, olhando fixamente para Joaquim e Katarina, então, correu na direção dos dois.

O Vermelho foi na frente, tentou acertar sua lâmina no outro, mas o Rosa foi mais ágil e desviou, acertando sua marreta em suas costelas e o jogando para longe.

Quando a Azul tentou atingi-lo com as flechas, a marreta as desviou mais uma vez, mas duas acertaram a garota que caiu no chão.

Miguel começou a bater no monstro com as garras da nova armadura, atingindo alguns pontos específicos do monstro. Como seus olhos e suas mãos gigantes, mas o Sete Pecados conseguiu segurar o braço do Verde e empurrá-lo para longe.

O monstro viu uma oportunidade de o atingir com seus raios, quando fez o disparo, rapidamente o Guerreiro Verde usou o escudo da capivara para se defender e os raios voltaram para o Sete Pecados, o atingindo em cheio e fazendo com que seu corpo sofresse vários explosões.

O Sete Pecados caiu não chão.

Miguel deu um salto para o alto e juntou suas mãos.

Como uma broca girando no ar, o rapaz atingiu o monstro com as garras da armadura, fazendo com que o monstro fosse perfurado no meio e assim sendo destruído de vez.

O efeito dos raios no Vermelho e na Azul sumiram, cessando assim a luta deles contra o Rosa.

Eufórico, Miguel deu uma olhada nas suas garras e no resto do seu uniforme.

— Caramba… Esse poder da Capivara é demais!

De volta a Aldeia Perdida…

Iara deu um abraço em Miguel, parabenizando o rapaz pela sua conquista.

— Muito bem… Você conseguiu a ajuda de um novo Animal Protetor, dessa forma garanto que os outros não vão negar sua ajuda também.

— Então, vamos atrás de outros? — perguntou Katarina.

— Quando o momento chegar, sim. Ou, quem sabe, eles venham atrás de nós para oferecer sua ajuda já que o espírito da capivara aceitou ajudar Miguel. — respondeu a indígena.

— Entendi… — disse Maria Inês.

— Bem, agora tenho algo importante para conversar com vocês, meus guerreiros. — começou Iara, seu tom de voz foi mudando aos poucos, assim como sua expressão que se tornou mais séria. — Hoje, mais cedo, Joaquim e Katarina me questionaram sobre minha ligação com o Guerreiro Laranja, o sexto guerreiro… Acho que não posso mais esconder, como vocês já sabem, no passado, eu fui uma guerreira espiritual e a escolhida para guardar a Aldeia Perdida depois que os meus colegas pereceram em batalha.

O grupo ficou em silêncio escutando.

— Existe sim, um motivo muito forte para eu ficar abalada com a presença de Ubiratã, ainda mais com ele estando ao lado de Abaçay… No passado, ele foi muito mais do que meu parceiro de equipe, Ubiratã e eu, éramos noivos…

Os cinco trocam olhares entre si, mas é Maria Inês quem dá a última palavra:

— COMO É QUE É?

つづく…CONTINUA…

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