Tuhpanger | Episódio 02

O Preconceito de Rafael

SÉRIE DE: João Paulo Ritter

CLASSIFICAÇÃO: 10 ANOS

Com um único golpe do seu punho Maria Inês quebra ao meio um pedaço de madeira que foi colocado em cima de dois blocos de tijolos, ela se animou com a sua habilidade de super força e comemorou tentando arrumar briga com seus colegas de equipe. Em seguida foi a vez de Katarina que notou que a sua audição estava melhorada e ela ainda conseguia ter uma agilidade melhor ao nadar, assim como a segunda habilidade de Maria era poder criar um escudo protetor com sua pele. As novas habilidades de Miguel e Joaquim eram parecidas em sua primeira parte, ambos ficaram mais ágeis na hora de correr e de esquivar, mas diferente de Joaquim, Miguel não havia acesso a garras, entretanto ele ganhou um aumento eu seu olfato.

Diferente dos seus companheiros Rafael não foi presenteado com habilidades além das capacidades humanas e estava começando a sentir o excluído do grupo, Iara sabia os motivos que levaram Rafael a não ganhar seus poderes.

— Não se preocupe Rafael. — começou o espirito indígena. — Quando você entrar em perfeita união com seu espirito animal você vai ganhar suas habilidades como guerreiro espiritual, vai ver.

— Mas como eu faço para entrar em união com meu espirito animal? O que está impedindo isso? — pergunta Rafael confuso e irritado.

— Bem, talvez tenha alguma coisa te deixando de mal-estar em relação ao seu espirito protetor? Algo que você não tenha gostado, alguma coisa?

— Bem… — sussurrou o capoeirista sabendo o que poderia ser. — Talvez seja a cor.

Iara suspirou e em seguida disse:

— Bem… O que eu posso te dizer Rafael. Isso é um problema que se originou dos seus preconceitos, você tem que arrumar uma maneira de se sentir bem com a cor do seu animal protetor antes que isso acabe atrapalhando nossa batalha contra Abaçay.

Iara se afasta do rapaz, o deixando sozinho com seus pensamentos. Katarina e Maria haviam escutado a conversa e também se preocuparam com a situação, pois as duas queriam derrotar o demônio o mais rápido que fosse possível.

— Precisamos ajudar ele. — disse a loira.

— Concordo, mas como vamos fazer isso? — perguntou a garota de cabelos negros.

— Eu ainda não sei, mas vamos convidá-lo para sair mais tarde e conversar com ele, talvez uma boa conversa o ajude a compreender que uma cor não define quem ele é. — disse Katarina pensativa.

— Sim, pode ajudar. Mas não entendo porque ele se incomoda tanto por causa de uma cora, não é como se isso fosse fazer dele menos homem.

— Bem, sabemos que pequenas coisas podem fazer homens se sentirem menos homens… Mas isso é conversa para outra hora. — disse Katarina finalizando o assunto.

Por um portal Cuca chegou a uma montanha de onde conseguia ter uma extensa visão panorâmica do Rio de Janeiro, ela observou bem no que havia se transformando a antiga floresta que havia ali.

— Humanos patéticos, olha só o que fizeram com a minha antiga Pindorama, deveríamos ter destruídos todos quando tivemos a chances anos atrás. — apertou forte seu punho em seu cajado mágico, estava sentindo uma imensa raiva invadir seu corpo. — Mas desta vez não haverá erros, eu prometo.

A feiticeira retornou até a pirâmide onde, além de Abaçay estar aprisionado, também era o quartel general do exército. Em seu caldeirão a feiticeira começou a trabalhar na criação do seu monstro, totalmente feito a partir da energia negativa transmitida do preconceito humano. Quando a poção feita no caldeirão ficou pronta, Cuca a levou para fora da pequena pirâmide onde estava localizado o     QG do seu mestre, ela despeja o líquido nos restos de uma árvore morta que quando a poção entra em contato começa se ganhar um corpo humanoide meio deformado.

Um corpo feito de casca de árvore nasceu, ao mesmo tempo em que demonstrava ser um tronco fraco ele também transmitia uma grande firmeza. Dois braços e duas pernas musculosas, as raízes que um dia foram de árvore formavam uma espécie de armadura protetora em torno de todo seu corpo. Seu rosto um pouco desfigurado e também feito de madeira do tronco havia olhos vermelhos e orelhas feitas de galhos.

— Estou aqui servir a senhora e ao nosso mestre. — disse o monstro recém criado.

— Muito bem. — Cuca disse sorrindo. Ela caminhou ao redor da sua criação, o analisando em detalhes. — Agora me diga. Qual seu nome?

— Pode me chamar de Ralvix, me conhecem como o causador de intolerância na humanidade. — o monstro fica em pé, agora analisando seu corpo. — Me colocou em uma árvore?

— É o que tínhamos por hoje. — respondeu a feiticeira voltando a ficar de frente com sua criação. — Acha que consegue lidar com os Tuhpanger assim?

— Tuhpanger? — Ralvix fecha seu punho com raiva. — Eu vou destruir esses humanos patéticos metidos a heróis.

— Ótimo, espero que mantenha sua palavra. Agora venha comido preciso te dar um saco de sementes com meus novos peões, mais fortes e mais resistentes.

Os dois voltam para dentro da pirâmide de Abaçay.

— Será que ele vem? — perguntou Katarina impaciente.

— Claro que sim… Ou então vamos ter que conversar com ele em campo de batalha o que não seria muito bom para geral. — respondeu Maria.

As duas marcaram de se encontrar com Rafael em uma sorveteria que se localizava em frente a universidade que todos os quatro mais velhos frequentavam. Queriam conversar com o colega de time para entenderem de onde vinha seu preconceito com as cores e porque não se sentia bem vestindo o manto rosa da Harpia. Elas sabiam a resposta, mas queriam discutir com ele o assunto para ver se abriam sua mente, pois assim além de estarem ajudando Rafael com algum problema pessoal também o ajudariam a se conectar com seu animal protetor.

Assim que Maria avistou o capoeirista atravessando o outro lado da rua ela se ajeitou em sua cadeira e disse sussurrando para Katarina:

— Lá vem ele.

Rafael sentou-se a mesa com as garotas.

— Vocês queriam falar comigo, certo? — perguntou o capoeirista. — Aqui estou. Do que se trata?

— Você precisa da ajuda de nós… E quando falo “nós” quero falar do grupo em geral, mas eu e Katarina resolvemos tomar a frente.

— Eu não preciso de ajuda, Maria.

— Precisa sim. — disse a loira em seguida. Katarina continuou falando. — Sabemos que você tem dificuldade em se conectar com a Harpia por causa da cor rosa e isso está impedindo de você acessar seus poderes… Como nós já conseguimos.

A morena olha para os cantos e em seguida pergunta com um sussurro:

— Você é… Homofóbico?

— O quê? — Rafael foi pego de surpresa com aquele questionamento. — Por que você achou isso?

— Bem… Você tem vergonha de usar rosa, pensei que deve ser porque pode acabar pensando que os outros vão achar que você é gay. — respondeu Maria. — Homens heteros têm disso, é um tipo de preconceito que pode ser vencido.

Rafael suspirou e em seguida encarou as garotas.

— Eu… Eu tenho um irmão mais velho homossexual. — ficou em silêncio esperando as reações, mas como as garotas ficaram esperando mais da história ele continuou. — Nós sempre tivemos problemas, desde quando éramos muito novos. Entretanto… Tudo começou a ficar pior, bem, para mim, quando ele se assumiu a sua sexualidade para todos e as coisas em casa e na escola viraram de ponta cabeça. Na escola eu tinha que aguentar piadas comigo e com ele e em casa as brigas. Até que um dia meu irmão mais velho foi embora de casa.

— E o que aconteceu depois? — perguntou Katarina.

— Eu tentei voltar a falar com ele mais tarde, mas eu já tinha isso preso em mim… Um conceito que impediu nossa reaproximação.

Foi quando nossa mãe faleceu e o meu pai não deixou que ele comparecesse ao enterro. Fui procurar por ele e acabei primeiro cruzando com uns amigos dele que me indicaram como chegar até o meu irmão mais velho. Ele estava trabalhando em uma pequena boate LGBT na época. Então durante a noite fui até essa boate, me falaram que ele sempre se apresentava a partir da meia-noite, mas eu pensava que fosse cantando ou tocando alguma coisa.

Eu fiquei surpreso quando meu irmão mais velho subiu ao palco montado como uma dragqueen e se apresentou dublando e dançando uma música antiga. Primeiro achei tudo aquilo bonito, uma forma de expressão, mas por um segundo na minha cabeça se passou tudo o que havia acontecido no passado… As brigas em casa e as constantes piadas de mal gosto na escola. Eu deixei a boate sem falar com meu irmão. Queria ter conversado com ele e o leva-lo até o enterro da nossa mãe.

Uma semana depois ele ficou sabendo da morte dela, tirou satisfação comigo e nosso pai, eu fiquei em silêncio, mas meu pai bateu nele e eu não pude fazer nada porque fiquei com receio de que ele me atacasse também. Então depois disso eu nunca mais fiquei sabendo do meu irmão mais velho.

Maria e Katarina ficaram caladas, tentando analisar a história e compreender melhor de onde vinha o medo ou o não gostar de usar rosa de Rafael. Até que a portuguesa não aguentou mais e perguntou:

— Então… Seu medo de usar rosa é porque seu irmão era dragqueen?

— Não. — respondeu Rafael. — Não é medo de usar rosa… É medo de ser jogado para fora da família como o meu irmão foi por querer ser e fazer diferente. Eu não sou gay, talvez… Talvez eu seja outra nomenclatura, mas eu tenho medo de ser odiado pelo meu pai. Queria ter a coragem do meu irmão mais velho.

As duas seguraram a mão do amigo e em seguida sorriram.

— Mas agora você ganhou uma nova família, nós… O destino nos uniu para fazer algo maior do que qualquer coisa que outra pessoa poderia fazer. — disse Katarina sorrindo.

Rafael começa a chorar, havia tirando um grande peso de suas costas. Maria afagou suas costas, deixando com que ele botasse tudo para fora, todos seus sentimentos guardados enquanto Katarina observava tentando também não chorar.

Os smartphones apitaram. Era uma mensagem de Joaquim e Miguel no grupo dos Tuhpanger.

— Parece que apareceu um monstro no centro da cidade. — disse Maria enquanto lia a mensagem.

— Você está bem para ir?

A loira perguntou para Rafael que respondeu com um balançar de cabeça.

Joaquim e Miguel chegaram ao local onde o monstro Ralvix estava atacando as pessoas. Os dois perceberam que as que já foram atacadas estavam brigando umas com as outras.

— Chegou a sua hora de ser exterminado monstrengo! — disse o vermelho preparando sua pistola laser.

O verde fez o mesmo.

— Olha só, vejam se não são dois Tuhpanger. Acham que somente dois de cinco basta para me vencer estão muito enganados! — disse Ralvix preparando seu ataque de raios. Joaquim e Miguel conseguem desviar com sucesso do ataque e em seguida disparam com seus lasers. As raízes em torno do corpo do monstro formaram uma barreira e jogaram de volta os ataques. — Acharam que iam me vencer assim? Patéticos!

Três disparos de cores diferentes acertam com sucesso o corpo de Ralvix, fazendo com que ele dê dois passos para trás.

— Malditos… — sussurrou o monstro dos preconceitos.

— Verde e Azul ajudem os civis afetados pelo o que seja o ataque desse monstro. — disse o Vermelho.

— Certo! — Miguel e Katarina falaram juntos e em seguida foram até as pessoas.

— Nós três cuidamos dele. — disse Joaquim se preparando para lutar, Rafael e Maria fizeram o mesmo.

Katarina e Miguel se aproximaram de duas pessoas, a branca estava atacando a pessoa negra com golpes e palavras preconceituosas. A primeira coisa que os dois fizeram foi afastar a pessoa branca que se tratava de um homem da pessoa negra que se tratava de uma mulher.

— Você está bem? — perguntou a guerreira azul para a mulher afrodescendente.

— Não… Ele é meu namorado, ele nunca foi assim e do nada começou a me atacar com racismo e tapas. — respondeu a mulher.

Katarina ficou pensativa com aquela informação.

Miguel estava com dificuldades para segurar o rapaz branco então depois de pensar rápido e apertou uma região do seu pescoço e rapidamente o homem caiu desmaiado no chão. Katarina se aproximou surpresa com aquilo.

— Não acha um método muito brutal? — perguntou a garota.

— Sim, mas eu tinha que usar alguma coisa. Aprendia isso em Star Trek. — disse o verde demonstrando animação com o movimentar do seu corpo.

— Certo, tudo bem. Escuta só, eu acho que esse monstro faz com que as pessoas fiquem agressivamente preconceituosas. — disse Katarina. — Então vamos ajudar as outras pessoas, pegar os que foram afetados e deixar em um local até que derrotemos esse monstro.

— Não vamos avisar os outros?

— Depois a gente faz isso. — respondeu Katarina que em seguida saiu a procura de mais afetados. Miguel a seguiu.

Ralvix jogou as sementes de Cuca para cima e novos guerreiros peões nasceram, semelhante fisicamente com os anteriores, mas agora as cores dos seus corpos estavam mais fortes e as folhas e raízes de plantas demonstravam estar mais dura só avistando-as.

— Eles parecem mais forte. — disse Joaquim para os outros dois. — Tomem cuidado.

— Certo. — Maria e Rafael responderam.

Maria e Rafael ficaram lutando com os peões. Tiraram a prova de que eles estavam mais fortes e resistentes do que antes, mas mesmo assim não desistiram da luta, não podiam… A nova habilidade de super força da guerreira amarela estava sendo bem útil, enquanto Rafael por ainda não entrar em contato com seu espirito animal estava tendo dificuldades na batalha.

A guerreira de cor amarela acerta um chute no peito de um dos seus inimigos e assim ela pega impulso dando uma cambalhota no ar, antes de cair em pé no chão ela saca a sua pistola e dispara contra outros dois inimigos. Já no chão ela acerta um chute no Peão que estava se aproximando por trás e pega o da direita jogando por cima do mesmo. A batalha continua.

Mesmo tentando acertar os peões com seus golpes de capoeira, o guerreiro rosa não está se saindo bem na luta. Quando ele vai dar um chute alto em um de seus oponentes a sua perna é segurada e com um movimento forte ele gira no ar e caí de costas no chão. Quando o Peão vai ataca-lo, Maria o impede antes de qualquer coisa. Ela ajuda Rafael a se levantar.

A luta de Joaquim contra Ralvix também estava sendo difícil já que os golpes de sua espada pegavam nas raízes do corpo do monstro e não causava nenhum dano nele. O guerreiro vermelho se afasta e ganha impulso, também energizando sua espada, avança correndo ate Ralvix e salta preparando o seu ataque, porém o monstro se defende mais uma vez, mas agora com as raízes do seu braço e com toda sua força joga Joaquim para trás que acaba caindo de costas.

Ralvix avista Maria e Rafael, em seguida ele prepara seu ataque. As raízes do seu braço começam a brilhar e a se movimentar, ergue seu braço e em seguida diz:

— Pegando um Tuhpanger eu ganho mais pontos com o meu senhor Abaçay!

As raízes foram rapidamente em direção aos guerreiros amarela e rosa, mas em uma rápida movimentação Rafael se colocando em frente a Maria recebendo todo o ataque. As raízes de Ralvix ficam presas no peito do capoeirista, passando uma energia negativa para o seu corpo.

— Rafael! — grita Maria assustada.

Quando as raízes se afastam, Rafael cai no chão ofegante. A guerreira amarela se aproxima, colocando sua mão sobre o ombro do rapaz.

— Está tudo bem? — pergunta a garota.

— Sai de perto de mim! — disse Rafael com um tom de voz raivoso e empurrando Maria para trás. — Eu não preciso a ajuda de nenhuma mulher… Cor rosa, que coisa de viado! — Rafael volta ao seu modo civil.

Maria percebe que a expressão do amigo estava mais dura.

— Rafael…

— Cala a boca. — disse o guerreiro rosa. — Eu preciso ir agora. — Rafael se afasta caminhando rapidamente.

O guerreiro vermelho se aproxima da amarela, os dois voltam ao estado civil. Ambos estavam sem entender o que havia acabado de acontecer assim e enquanto Ralvix ele havia sumido assim que seu ataque contra um dos Tuhpanger foi bem sucedido.

— Você entendeu alguma coisa? — Joaquim pergunta.

— Não, não entendi. — responde a garota de cabelos negros.

Katarina e Miguel voltam, ainda usando seus trajes de guerreiros, mas logo voltam ao modo civil assim como seus amigos.

— Conseguimos ajudar todos, quer dizer, separar todos. Vocês não vão acreditar no que descobrimos. — disse Miguel animado.

— Espera aí. Cadê o Rafael? — pergunta Katarina.

— Ele foi atacado pelo monstro e depois ficou estranho e foi embora. — responde Joaquim.

— Ele foi atacado? Não, ele deve estar sob o efeito da magia desse monstro. — disse o mais novo atropelando as palavras.

— Expliquem melhor. — pediu Maria.

— Todas as pessoas que foram atacadas por esse monstro ficaram preconceituosas de várias maneiras. — explicou Katarina.

— Vamos voltar ao templo, talvez Iara possa nos ajudar. — disse Joaquim.

Observando a cidade do topo de um prédio vemos a feiticeira Cuca, ela está a espera da sua mais recente criação que não demora muito para estar ali ao seu lado. Ela se vira para trás quando escuta os passos de Ralvix se aproximando.

— Eu gostei do que você fez ali embaixo, realmente acertar um dos Tuhpanger fez Abaçay mais feliz. Agora tenha a certeza de que isso afetará o relacionamento deles que já demonstra não ser muito forte. — disse a feiticeira sorrindo.

— Eu farei isso e trarei mais energia negativa para Abaçay se libertar o mais rápido que puder. — disse Ralvix que em seguida se virou de costas e com um pulo para o chão foi embora.

Iara coloca sobre a mesa de pedra uma estátua, ela não parecia em nada com o monstro que estava atacando o centro da cidade mais cedo, mas havia seu nome entalhado nos pés. Todos ficaram observando com cuidado aquele objeto tentando encontrar semelhanças até Iara começar a falar:

— Essa é a sua forma original, quando o invocaram devem tê-lo colado desse corpo mais resistente para dificultar a batalha para vocês, mas simplesmente Ralvix não é um espirito que costumava habitar Pindorama. Ele chegou aqui com os piratas nórdicos, antes dos portugueses. Seu nome significa origem do preconceito.

— Então é isso mesmo, ele deixa as pessoas preconceituosas? — pergunta o guerreiro vermelho.

O espirito indígena afirma com um balançar de cabeça e em seguida continua falando:

— Com isso podemos concluir que eles estão extraindo energia negativa das pessoas para dar a Abaçay, assim ele ficaria forte o suficiente para sair de sua prisão na pirâmide.

— Mas podemos ajudar as pessoas afetadas? — pergunta a guerreira azul.

— Sim, claro. — respondeu Iara. — Eu posso fazer um antidoto para todos os afetados, inclusive para Rafael.

— Primeiro a gente teria que descobrir para onde ele foi. — disse o guerreiro verde.

— Talvez eu tenha uma ideia para onde Rafael tenha ido. — disse Katarina que em seguida olhou para a guerreira amarela, as duas balançaram a cabeça positivamente e começaram a contar à história que o guerreiro rosa havia compartilhado com elas naquela tarde. Não deixaram escapar nenhum detalhe e até inseriram suas opiniões particulares sobre o caso.

Katarina e Maria chegaram a conclusão que ele deveria estar indo atrás do seu irmão mais velho e temeram que por estar sob influência do poder de Ralvix ele pudesse fazer alguma coisa terrível que quando de volta a sua consciência normal se arrependeria para toda a sua vida.

— Então precisamos agir rápido. — disse Joaquim assim que as explicações chegaram ao fim.

— Eu vou atrás do Rafael e vocês cuidem da cidade. — disse a guerreira azul.

— Mas mesmo assim aquelas raízes ainda são muito duras de quebrar e aqueles bonecos parecem terem ficado mais fortes. Como vamos fazer? — pergunta Miguel preocupado.

— Venham comigo. — disse Iara sorrindo.

Os quatro seguiram o espirito até o outro lado do templo. Iara lhes presenteou com novas armas, ela disse que havia começado a fabricá-las logo depois deles terem saído pela a manhã. As novas armas são atualizações para o século XXI, eles ainda poderiam usar as antigas que foram usadas pelos primeiro guerreiros espirituais, mas as novas havia uma força de poder maior.

Um rapaz na casa dos trinta anos de idade conversa bem intimamente com uma senhora que deve estar na casa dos setenta anos de idade. O rapaz negro de cabelos bem curtos demonstra ser bem afeminado, enquanto isso, do outro lado da rua, Rafael se encontra encostado em um poste de luz observando com toda a sua atenção aquele homem negro que se trata do seu irmão mais velho.

Uma aura roxa de energia negativa emana do corpo de Rafael.

つづく。。。(CONTÍNUA…)

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