A ESCOLHA DA GUERRAIRA AZUL!

ESCRITO POR: João Paulo Ritter

CLASSIFICAÇÃO: LIVRE

Em algum lugar dentro do rio amazonas está localizado o esconderijo de Ipupiara, uma caverna subaquática que também tem um portal que leva diretamente para a tumba de Abaçay.

Quando Ipupiara sai do pequeno lago que dá acesso a sua caverna, rapidamente ele solta Joaquim que havia sido capturado no episódio anterior. O guerreiro vermelho se encontra amarrado com cordas que lembram escamas de peixes. Nesse mesmo momento, através de um portal, Cuca entra.

— Muito bem, você conseguiu capturar um guerreiro espiritual…

— Sim, feiticeira! Diga ao mestre Abaçay que estou fazendo um ótimo serviço!

— Ele ficará sabendo, mas não conte vantagens ainda Ipupiara, você capturou apenas um guerreiro espiritual, ainda faltam quatro!

— Não se preocupe! — disse o monstro certo de si mesmo. — Vai ser fácil capturar os outros agora que estão sem o líder!

— Pode ser verdade, então, não demore muito!

Em seguida a feiticeira desapareceu.

Tentando colocar seus pensamentos em ordem, Katarina decidiu caminhar na praia. Era quase final de tarde, tinha que encontrar uma maneira de decidir o mais rápido possível entre continuar sendo uma guerreira espiritual ou, então, abrir mão do seu futuro nas olimpíadas. Sentou em frente ao mar, ficou em silêncio com seus pensamentos.

Ao longe Inês se aproximava procurando pela a guerreira espiritual de cor azul. Também estava preocupada e tentaria convencer Katarina a não desistir de salvar o mundo.

— Oi… — disse Inês ao sentar ao lado da garota loira. Katarina apenas sorriu, então, a portuguesa se sentiu segura para continuar. — Como você está?

— Quer saber se eu vou desistir de ser uma guerreira espiritual?

— Eu não queria ser tão direta assim, mas eu também perguntaria isso a você. Sabes, Katarinas, pense bem antes de decidir?

Katarina suspirou.

— Se eu não desistir de ser guerreira espiritual, vou desistir da minha carreira de atleta, não é uma escolha fácil. Não é como é para você, Inês.

— O que quer dizer? — perguntou a morena confusa.

— Se desistir da sua carreira como chef ou doceira, quando terminar essa batalha vai poder voltar, eu não. Se eu desistir agora, não vou ir para as Olímpiadas, vou perder um ano de treinamento e os patrocinadores.

Katarina levantou, limpou a areia do seu corpo e disse antes de ir:

— Então, não tente apressar a minha decisão.

Inês ficou em silêncio, baixou sua cabeça e ouviu a outra se afastar.

Na aldeia perdida, Iara (com a ajuda da sua magia) rastreia a localização de Joaquim, Miguel e Rafael esperam Inês voltar da conversa com Katarina, a guerreira amarela retorna com uma cara de poucos amigos. Deixando os guerreiros rosa e verde preocupados.

— Então? — perguntou Rafael.

— Ela pediu para a gente não apressar a sua decisão. — respondeu Inês.

— Não apressar? — perguntou Miguel alterado. — Estamos em uma encrenca, Joaquim, o nosso ranger vermelho foi capturado e estamos com duas baixas…

— Calma, garoto. — pediu o guerreiro rosa. — As coisas vão se resolver.

— CONSEGUI! — gritou Iara animada. — Venham guerreiros, venham! Consegui encontrar a localização do guerreiro vermelho.

Todos se aproximam de Iara que estava em frente a fonte da aldeia perdida, vemos a imagem do rio amazonas refletido e um círculo brilhando intensamente.

— Não entendi. — disse Miguel.

— Ele está em uma caverna no fundo do rio. — explicou Iara.

— Como vamos fazer? — perguntou a guerreira amarela.

— Katarina. — disse o guerreiro rosa suspirando.

— Sim. — concordou a indígena. — Precisamos convencer ela a, pelo menos, entrar na caverna e resgatar Joaquim.

— Eu vou falar com ela dessa vez. — disse Rafael.

Então, a fonte começou a borbulhar e mostrar uma praça do Rio de Janeiro onde Ipupiara atacava novamente.

— Rafael vá falar com Katarina. Inês e Miguel, vocês conseguem? — perguntou Iara.

— SIM! — Inês e Miguel responderam ao mesmo tempo.

Ipupiara está atacando pedestres que passam pela praça, o monstro peixe tocava escamas nos civis e com isso retirando a energia delas, mandava diretamente para Abaçay. A guerreira amarela e o guerreiro verde surgem, cada um de um lado, acertando chute no peitoral do monstro. Os dois guerreiros espiritual caem em pé no chão.

— Estamos aqui para te derrotar. — disse a guerreira do jacaré.

— Vamos acabar com você! — disse o lobo guará animado.

— Dois? DOIS?! — gritou Ipupiara rindo. — Vai ser fácil acabar com vocês!

O monstro se coloca em modo de batalha, então, Inês e Miguel também se colocam em posição de ataque e partem para cima ao mesmo tempo que Ipupiara faz o mesmo.

A guerreira amarela prepara um chute para acertar bem na cara do monstro peixe, porém ele segura sua perna e ao enxergar uma chance o guerreiro do lobo guará o derruba com uma rasteira. Rapidamente Ipupiara se levanta e contra-ataca os dois usando suas escamas como lâminas. Ao serem acertados, faíscas saltam do uniforme amarelo e verde, eles caem para trás.

— Vocês vão ser engolidos por mim! — gritou Ipupiara preparando a sua boca.

Bastão réptil! — gritou Inês e, como magia, seu bastão apareceu entre seu punho, acerta um belo golpe na cara do monstro, fazendo com que ele gire para o lado.

O verde fica em pé e saca sua pistola a laser, acertando vários tiros.

— O quê? O rio amazonas? — perguntou Katarina incrédula.

— Sim. Iara quer que você vá até lá, vai mergulhar e descer até a caverna. Salvar Joaquim, provavelmente as pessoas civis engolidas também devem estar lá. — explicou Rafael.

A loira andou de um lado para o outro, pensativa.

— Minha possível ultima missão. Nada mais justo do que ajudar Joaquim que foi capturado por minha calça. — Katarina sorriu. — Tudo bem, eu vou. — pegou seu celular, acessou o aplicativo de transformação. — Iara, como eu uso esse poder?

Você terá que estar no modo guerreira espiritual, somente assim você terá o poder do espirito do boto que lhe ajudará a nadar até a caverna. Vou transportar você e Rafael para o local exato.

— Tudo bem. — disse a guerreira azul decidida.

A indígena transportou a azul e o rosa para a beirada do rio, perto da localização da caverna submersa na água do amazonas.

Katarina abriu novamente o aplicativo do celular, gritou: Espiritos protetores, invocar!

Depois de transformada no modo guerreira espiritual azul, ela se jogou na água e quando seu uniforme entrou em contato com aquele ambiente suas pernas se transformaram em uma calda de sereia.

— Que foda! — disse Katarina enquanto descia mais para o fundo.

Joaquim acorda na caverna, as outras pessoas também capturadas também estavam lá, mas desacordadas. Katarina saiu da água com um pulo, assustando Joaquim que se acalmou quando percebeu que se tratava da guerreira do boto.

— Meu Deus, que susto… — sussurrou Joaquim.

— Estou aqui para te ajudar, Joaquim. — disse Katarina se aproximando, se ajoelha para ficar cara a cara com o vermelho. — Me desculpa, minha culpa você ser capturado.

— Não se culpe, Katarina, você tinha que treinar. Tudo bem, eu também sou esportista.

— Mesmo assim…

— Vamos discutir isso depois, certo? — sorriu Joaquim. — Vamos derrotar aquele mostro para essas pessoas poderem sair daqui!

— Certo!

Os dois apertaram as mãos.

Ipupiara joga a guerreira amarela em cima do verde, os dois caem deitados no chão, já cansados.

— Que droga, eu não sei mais se aguento sozinha… — murmurou Inês saindo de cima de Miguel.

— Eu sei que não posso mais… — disse Miguel respirando fundo. — O que vamos fazer?

— Acho que rezar.

— Agora chegou meu momento! — disse o monstro peixe animado até ser acertado por tiros de laser, ficando desorientado.

Vermelho, rosa e a azul aparecem correndo e ficam ao lado dos outros dois guerreiros. Rafael ajuda Miguel e Inês a ficarem de pé.

— Você venho… — disse a amarela animada ao ver a guerreira do boto.

— Vim acabar com esse peixe fedorento! — disse a azul, ela olhou para o vermelho. O guerreiro vermelho fez um joinha.

— Vamos lá guerreira azul! — disse o líder pegando sua espada. Katarina pegou sua pistola a laser e eles foram para cima de Ipupiara.

Com um golpe rápido e certeiro, o guerreiro da onça-pintada acertou um corte rápido no tronco do monstro humano-peixe e em seguida vem a guerreira do boto acertando vários disparos de laser também em seu tronco. Ela pula e acerta um chute em seu peitoral, pulando para trás.

A guerreira espiritual azul saca seu arco, as flechas surgem e ela vai atirando sem pausar entre cada um, deixando Ipupiara sem tempo para contra-atacar.

Ipupiara cai cansado no chão.

— Vamos juntar nossas armas. — o líder deu a ordem.

As armas se uniram também com as pistolas laser. O disparo carrega aos poucos, o guerreiro vermelho levanta a mão e quando desce, o disparo acerta o raio laser acertando Ipupiara em cheio. O monstro peixe explode.

Na tumba de Abaçay, Cuca observa sua derrota com ódio.

— Droga! — ela joga um raio contra a parede, deixando ela queimada. — Malditos guerreiros espirituais… Malditos!

No dia seguinte, Katarina se encontrou com seu treinador.

— Tem certeza? — perguntou o treinador.

— Sim. — respondeu a loira. — Eu preciso tirar um tempo para resolver um problema pessoal. Sei como isso vai afetar a minha vida profissional, a decisão não foi fácil.

— Entendo. Acho que, se esse problema não demorar a terminar, podemos tentar alavancar sua carreira como atleta.

— Não quero criar falsas esperanças, espero que você entenda. — disse Katarina sorrindo.

— Vamos deixar isso para o futuro.

Katarina encontrou os outros guerreiros na entrada do local em que treinava.

— Como foi? — perguntou Joaquim em um tom de preocupação.

— Por incrível que pareça eu me sinto aliviada. É um peso a menos em minhas costas. — disse a loira rindo. — Salvar o mundo de um demônio indígena, então, um passo de cada vez.

Na aldeia perdida, Iara observa no reflexo da fonte os animais espirituais.

— Estamos perto de alcançar o poder dos animais unidades, guerreiros espirituais. Quando a guerra ficar mais intensa, teremos que usar esse grande poder.

つづく。。。

CONTINUA…

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