Tuhpanger

Tuhpanger | Episódio 02

Com um único golpe do seu punho Maria Inês quebra ao meio um pedaço de madeira que foi colocado em cima de dois blocos de tijolos, ela se animou com a sua habilidade de super força e comemorou tentando arrumar briga com seus colegas de equipe. Em seguida foi a vez de Katarina que notou que a sua audição estava melhorada e ela ainda conseguia ter uma agilidade melhor ao nadar, assim como a segunda habilidade de Maria era poder criar um escudo protetor com sua pele. As novas habilidades de Miguel e Joaquim eram parecidas em sua primeira parte, ambos ficaram mais ágeis na hora de correr e de esquivar, mas diferente de Joaquim, Miguel não havia acesso a garras, entretanto ele ganhou um aumento eu seu olfato. Diferente dos seus companheiros Rafael não foi presenteado com habilidades além das capacidades humanas e estava começando a sentir o excluído do grupo, Iara sabia os motivos que levaram Rafael a não ganhar seus poderes. — Não se preocupe Rafael. — começou o espirito indígena. — Quando você entrar em perfeita união com seu espirito animal você vai ganhar suas habilidades como guerreiro espiritual, vai ver. — Mas como eu faço para entrar em união com meu espirito animal? O que está impedindo isso? — pergunta Rafael confuso e irritado. — Bem, talvez tenha alguma coisa te deixando de mal-estar em relação ao seu espirito protetor? Algo que você não tenha gostado, alguma coisa? — Bem… — sussurrou o capoeirista sabendo o que poderia ser. — Talvez seja a cor. Iara suspirou e em seguida disse: — Bem… O que eu posso te dizer Rafael. Isso é um problema que se originou dos seus preconceitos, você tem que arrumar uma maneira de se sentir bem com a cor do seu animal protetor antes que isso acabe atrapalhando nossa batalha contra Abaçay. Iara se afasta do rapaz, o deixando sozinho com seus pensamentos. Katarina e Maria haviam escutado a conversa e também se preocuparam com a situação, pois as duas queriam derrotar o demônio o mais rápido que fosse possível. — Precisamos ajudar ele. — disse a loira. — Concordo, mas como vamos fazer isso? — perguntou a garota de cabelos negros. — Eu ainda não sei, mas vamos convidá-lo para sair mais tarde e conversar com ele, talvez uma boa conversa o ajude a compreender que uma cor não define quem ele é. — disse Katarina pensativa. — Sim, pode ajudar. Mas não entendo porque ele se incomoda tanto por causa de uma cora, não é como se isso fosse fazer dele menos homem. — Bem, sabemos que pequenas coisas podem fazer homens se sentirem menos homens… Mas isso é conversa para outra hora. — disse Katarina finalizando o assunto. … Por um portal Cuca chegou a uma montanha de onde conseguia ter uma extensa visão panorâmica do Rio de Janeiro, ela observou bem no que havia se transformando a antiga floresta que havia ali. — Humanos patéticos, olha só o que fizeram com a minha antiga Pindorama, deveríamos ter destruídos todos quando tivemos a chances anos atrás. — apertou forte seu punho em seu cajado mágico, estava sentindo uma imensa raiva invadir seu corpo. — Mas desta vez não haverá erros, eu prometo. A feiticeira retornou até a pirâmide onde, além de Abaçay estar aprisionado, também era o quartel general do exército. Em seu caldeirão a feiticeira começou a trabalhar na criação do seu monstro, totalmente feito a partir da energia negativa transmitida do preconceito humano. Quando a poção feita no caldeirão ficou pronta, Cuca a levou para fora da pequena pirâmide onde estava localizado o     QG do seu mestre, ela despeja o líquido nos restos de uma árvore morta que quando a poção entra em contato começa se ganhar um corpo humanoide meio deformado. Um corpo feito de casca de árvore nasceu, ao mesmo tempo em que demonstrava ser um tronco fraco ele também transmitia uma grande firmeza. Dois braços e duas pernas musculosas, as raízes que um dia foram de árvore formavam uma espécie de armadura protetora em torno de todo seu corpo. Seu rosto um pouco desfigurado e também feito de madeira do tronco havia olhos vermelhos e orelhas feitas de galhos. — Estou aqui servir a senhora e ao nosso mestre. — disse o monstro recém criado. — Muito bem. — Cuca disse sorrindo. Ela caminhou ao redor da sua criação, o analisando em detalhes. — Agora me diga. Qual seu nome? — Pode me chamar de Ralvix, me conhecem como o causador de intolerância na humanidade. — o monstro fica em pé, agora analisando seu corpo. — Me colocou em uma árvore? — É o que tínhamos por hoje. — respondeu a feiticeira voltando a ficar de frente com sua criação. — Acha que consegue lidar com os Tuhpanger assim? — Tuhpanger? — Ralvix fecha seu punho com raiva. — Eu vou destruir esses humanos patéticos metidos a heróis. — Ótimo, espero que mantenha sua palavra. Agora venha comido preciso te dar um saco de sementes com meus novos peões, mais fortes e mais resistentes. Os dois voltam para dentro da pirâmide de Abaçay. … — Será que ele vem? — perguntou Katarina impaciente. — Claro que sim… Ou então vamos ter que conversar com ele em campo de batalha o que não seria muito bom para geral. — respondeu Maria. As duas marcaram de se encontrar com Rafael em uma sorveteria que se localizava em frente a universidade que todos os quatro mais velhos frequentavam. Queriam conversar com o colega de time para entenderem de onde vinha seu preconceito com as cores e porque não se sentia bem vestindo o manto rosa da Harpia. Elas sabiam a resposta, mas queriam discutir com ele o assunto para ver se abriam sua mente, pois assim além de estarem ajudando Rafael com algum problema pessoal também o ajudariam a se conectar com seu animal protetor. Assim que Maria avistou o capoeirista atravessando o outro lado

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Tuhpanger | Episódio 01

RESUMO Depois que o espírito Abaçay é libertado de sua prisão milenar, Iara também desperta de seu sono e com a ajuda dos espíritos protetores de Pindorama, recruta cinco novos guerreiros. Tudo começou milênios antes da chegada dos portugueses na terra que um dia já foi chamada “Reino de Pindorama”. Nessa época um espírito da guerra chamado Abaçay foi corrompido e começou a viver para atormentar os povos humanos e os animais que moravam no reino, mas tudo saiu do controle quando ele decidiu se tornar o rei definitivo de Pindorama. Para poder deter essa ameaça os espíritos protetores se uniram e escolheram cinco guerreiros para lutar, os guerreiros conseguiram derrota-lo e aprisionar em uma região desconhecida da floresta amazônica, escondido dentro de uma pequena tumba em forma de pirâmide. DIAS ATUAIS: Joaquim, um rapaz negro de cabelos curtos e olhar brilhante, um corpo atlético por ser corredor e olhos esverdeados que se misturam com um tom de castanho. Ele está sentado à mesa da cozinha, assistindo ao jornal das sete horas da manhã enquanto toma seu café. A repórter mostrava uma equipe de cientistas liderada pelo renomado inglês chamado Edward Greenleaf. Haviam acabado de encontrar uma zona inexplorada da floresta amazônica onde se escondiam antigos artefatos de civilizações e ainda uma pequena pirâmide que os cientistas julgaram como uma tumba. — Acabamos de saber da existência dessa pirâmide que, provavelmente, deve ter sido usada como uma tumba para alguém muito especial que viveu naquela época. Pode ter sido uma liderança indígena da época ou um guerreiro, mas estamos muito contentes com a descoberta e animados para explorar e estudar. — respondeu doutor Edward que apesar de ser naturalmente britânico tinha uma excelente dominação do português brasileiro. — Voltamos mais tarde com mais notícias da descoberta. — disse a jornalista ao finalizar sua reportagem. — Acordou cedo hoje, tem treino no centro desportivo então? — perguntou Solange, mãe de Joaquim, enquanto sentava a mesa. — Sim, eu vou sair daqui a pouco. — Então deixa a tua irmã na escola pra mim, pega meu carro. Vou de ônibus para o trabalho. — Tem certeza mãe, teu trabalho fica longe daqui. — Tenho sim. — a mulher sorri. … A equipe do Dr. Greenleaf se preparam para entrarem na antiga tumba tupi. Vestiram seus equipamentos de proteção, uma lanterna presa na cabeça com uma pequena câmera de alta definição que estava pronta para captar todos os momentos. Como a tumba era pequena, o líder da expedição decidiu entrar primeiro, se espremendo nas pequenas paredes Edward chegou até uma sala única e completamente escura com uma espécie de urna de barro, decorada com vários metais preciosos. Quando Edward foi encostar na urna sentiu uma estranha energia emitir dela, mas isso somente fez que a sua curiosidade fosse mais aguçada. Ao retirar o objeto de barro do seu local o chão começou a tremer e por se desequilibrar o cientista britânico deixou a urna cair no chão e foi assim que ela se partiu. Uma estranha fumaça de cor verde-musgo escapou e aos poucos foi ganhando uma forma humanoide, um homem. Um homem vestindo uma longa capa verde-escuro, sua pele era de um tom oliva puxando um pouco para um tom metalizado, olhos puxados de cor vermelha, cabelos negros como a morte e um sorriso aterrorizador. — Estou livre… Depois não sei quantos anos. — falou o desconhecido. — Quem é você? — assustado, Dr. Greenleaf perguntou sem acreditar no que havia acabado de presenciar. — Eu sou o futuro Imperador de Pindorama, eu sou Abaçay… — disse o demônio que em seguida, novamente, se transformou na fumaça cor verde musgo e entrou no corpos de Edward. … Assim que terminou de amarrar os cadarços do seu par de tênis, Joaquim se levantou do banco em que se encontrava e começou a fazer o aquecimento antes de dar inicio ao seu treino quase diário. Haviam outros alunos também corredores presentes, todos sendo supervisionados pelo treinador especial contratado pela a universidade. Joaquim foi para a linha de partida, se colocou em posição e quando o seu treinador assoprou o apto mais alto que conseguia o jovem universitário saltou em corrida. Joaquim sempre foi rápido e desde que entrou para o time de corrida estava sendo trabalhado como uma promessa brasileira para as próximas olímpiadas. Claro que tudo isso deixava um peso em suas costas, além dos estudos que tinham que ficar em dia a qualquer custo. Uma vez chegaram a fazer uma proposta um tanto corrupta para ele, mas Joaquim recusou deixar que terceiros fizessem seus trabalhos ou receber as respostas das provas somente para ter mais tempo para se dedicar aos treinos na pista de corrida. Toda vez que corria na pista de corrida, Joaquim se sentia mais vivo e a sua mente viajava para bem longe dos seus problemas mundanos. Sentia-se como uma onça correndo pela a mata para caçar seu próximo alimento, mas corria depois de ser pressionado sentia como se estivesse fugindo de terríveis caçadores de animais silvestres. Gostava de ter essa espécie de conexão com a natureza, era como se milênios de extintos somados estivessem fervilhando dentro dele. O treinador parou o cronômetro quando Joaquim completou as voltas estipuladas no início do treino, havia feito seu melhor tempo até aquele momento. — Parabéns Joaquim, fez seu melhor tempo até agora. Acho que daqui mais um tempo você estará completamente pronto para as próximas olímpiadas. — disse o treinador orgulhoso do seu aluno prodígio. — Se o senhor diz. — respondeu o rapaz meio se graça. — Parabéns Joaquim, sempre lembrando a nós meros mortais porque é a estrela da universidade. — disse uma garota em tom de brincadeira, quando olhou para trás Joaquim viu que se tratava de Roberta, uma velha e admirável amiga. — Que isso, não é para tanto pessoal. — sorriu Joaquim. — Mas a Roberta tem razão. — disse Jonathan, outro amigo e, infelizmente para Joaquim, namorado da garota. — Você com certeza é

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